Este não segue a proposta de "inusitado" do blog, mas é um som perfeito para rolar num boteco. Em 1979, os australianos do AC/DC já tinham reconhecimento mundial. O álbum "Highway To Hell" vendia como água e músicas como a faixa título e Touch Too Much já eram clássicos. Os músicos já haviam adquirido experiência e estavam dando tudo de si tanto em estúdio como ao vivo. A raridade de hoje mostra isso perfeitamente.
"Tropical Prison", diferente ao que consta na capa, foi gravado de um show no Hammersmith Odeon de Londres em 2 de novembro de 1979, em suporte à turnê do ante citado "Highway To Hell". Apesar da seleção de músicas extraídas de tal álbum não ter sido, ao meu ver, tão feliz (Beating Around The Bush, Touch Too Much e Night Prowler deveriam ter marcado presença), outros petardos como Girls Got Rhythm e Walk All Over You estão aí, bem como clássicos anteriores como The Jack, Sin City, High Voltage, Whole Lotta Rosie e a apoteótica Let There Be Rock, que encerra o repertório em grande estilo.
Infelizmente o mundo perdeu Bon Scott aproximadamente 3 meses após esse show. Um dos vocalistas mais rockers e de atitude que já pisou por aqui integra agora um grande time de estrelas que o aguardavam no céu como Elvis Presley, John Lennon e George Harrison, Eric Carr, Randy Rhoads, Freddie Mercury, Cliff Burton, Kevin DuBrow, Steve Clark, Ray Gillen, Stevie Ray Vaughan, entre muitos outros que integram essa lista que, de forma infausta, tende a crescer. Mas essa boot pode matar a saudade de muitos, com certeza, ainda mais pela qualidade de som límpida e perfeita. E que venha AC/DC ao Brasil!
01. Live Wire 02. Shot Down In Flames 03. Hell Ain't A Bad Place To Be 04. Sin City 05. Walk All Over You 06. Bad Boy Boogie 07. The Jack 08. Highway To Hell 09. Girls Got Rhythm 10. High Voltage 11. Whole Lotta Rosie 12. Rocker 13. If You Want Blood 14. Let There Be Rock
Bon Scott - vocal Angus Young - guitarra solo Malcolm Young - guitarra base, backing vocals Cliff Williams - baixo, backing vocals Phil Rudd - bateria
A história do Krokus começa na Suíça no distante ano de 1974, sendo que neste início a banda ainda buscava sua sonoridade, tanto que seus primeiros dois discos meio que passaram em branco pelo público de seu país na época de seus lançamentos. Como a vontade de fazer sucesso era grande, investem pesado no que o AC/DC e o Slade vinham fazendo e os resultados começam a mudar com seu terceiro registro, “Painkiller” (78), já mais procurado nas lojas.
Mas foi em 1980 que o Krokus estourou de vez com este magnífico “Metal Rendez-Vous”. A formação continuava praticamente a mesma, ou seja, Fernando Von Arb e Tommy Kiefer nas guitarras, Chris Von Rohr no baixo e Freddy Steady na bateria. Mas o grande diferencial era no microfone: Krokus vinha com um novo vocalista chamado Marc Storace, cuja voz é prá lá de marcante e se tornou o legado da banda.
É claro que o mérito deste primeiro grande sucesso não era somente de Marc. “Metal Rendez-Vous” trazia composições excelentes e bem mais pesadas que nos discos anteriores. Clássicos que resistem há gerações como “Bedside Radio”, “Heatstrokes” e “Tokyo Nights” são rockaços responsáveis pela venda de 150.000 cópias somente em seu país natal. E ainda conseguem o sonho de qualquer banda, os EUA e Grã Bretanha abrem suas portas aos suíços!
Krokus segue em frente lançando álbuns como “Hardware” (81) e “One Vice A Time” (82), que mantém a fama da banda como um dos grandes nomes do rock´n´roll europeu e penetrando cada vez mais no mercado norte-americano. Mas naturalmente um mercado forte como este cobra seu preço. “Headhunter” (83) já começava a trazer modificações para ser “ainda melhor” aceito pelos EUA e então começam os problemas, com músicos entrando e saindo numa das fases mais problemáticas da carreira destes suíços.
Vão liberando mais discos e, mesmo fazendo algum sucesso, começam a ser taxados de “vendidos” em vários países; as vendas caem, mudam de gravadora. O próprio mentor e guitarrista Fernando Von Arb decide abandonar seu posto por motivos de saúde. E Storace, mesmo persistente, trazia apenas músicos desconhecidos no Krokus na década de 90./v/ybetLiVcQTk&color1=0xb1b1b1&color2=0xcfcfcf&feature=player_embedded&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always" width="425" height="344">
Mas tudo parece mudar com a entrada do novo milênio, pois Storace e Von Arb, com sua saúde aparentemente restabelecida, decidem unir forças novamente e “Rock The Block” (03) parece recolocar a banda nos trilhos depois de tanto tempo, tanto que vêm participando de festivais europeus com freqüência e novamente sendo respeitados em toda a Europa. O fato é que o Krokus, com seus altos e baixos, vendeu cerca de 10 milhões de disco em sua longa carreira, tanto que na Suíça são considerados deuses.
Para que não conhece está magnifica banda de Hard Rock escolhi este CD Duplo ao vivo do Krokus - Fire And Gasolin (live) (2004) Confira....
Faixas: 01 - Mamãe Natureza (3:41) 02 - E Você Ainda Duvida (4:46) 03 - Minha Fama de Mau (1:49) 04 - Gente Fina É Outra Coisa (3:17) 05 - Paixão Da Minha Existência Atribulada (4:40) 06 - Festival Divino (4:44) 07 - Bad Trip (Ainda Bem) (4:08) 08 - Nessas Alturas Dos Acontecimentos (3:10) 09 - Vamos Voltar Ao Princípio Porque Lá É O Fim (3:56) 10 - Cilibrinas Do Éden (2:48)
Cilibrinas do Éden, gravado entre o final de 1973 e início de 1974, mas nunca lançado comercialmente pela Phillips que guardou as fitas da gravação, segundo diziam esse álbum era anti-progressivo e seria uma forma de protesto da Rita que não concordava com os rumos que o Mutantes estava começando a trilhar tornado-se um banda de Rock Progressivo, dizia-se que esse álbum seguiria uma linha acústica voltado as raízes do rock sem sintetizadores e efeitos de estúdio. As 4 primeiras faixas são rocks para agitar o barraco e dançar muito, incluindo os futuros hits, Mamãe Natureza e Gente Fina É Outra Coisa além de uma cover da conhecida Minha Fama de Mau da Jovem Guarda e um rock básico chamado E Você Ainda Duvida. A partir da 5ª faixa a coisa muda de figura, as faixas começam acústicas e em alguns momentos passam a usar sintetizadores, guitarras elétricas e fuzz e alguns efeitos interessantes, opa, o álbum não era para ser acústico? Porque a mudança de rumo no meio das gravações? Uma característica muito legal é que os vocais não são só da Rita Lee, ela alterna essa função com a Lúcia Turnbull, muitas vezes com elas cantando em dueto ou alternando o vocal principal. No geral um álbum bem produzido com um estilo bem diferente do que a Tia Rita fez posteriormente, é um álbum de transição em que a Rita Lee fica em dúvida sobre qual caminho seguir após sua saída dos Mutantes e os problemas pessoais advindos disso. Cabe destacar a faixa 10 - Cilibrinas do Éden, extremamente experimental em que a Rita Lee e a Lúcia Turnbull distorcem sua voz com efeitos de estúdio e sintetizadores banhados com muitos efeitos estranhos e psicodélicos. Uma faixa totalmente anti-comercial e no mínimo curiosa. Vale a pena conhecer, mesmo que seja, por pura curiosidade.
link do blog Lounge da Sapita http://rapidshare.com/files/232620783/Rita_Lee_L_cia_Turnbull_Cilibrinas_by_sapita.rar
Embora não se trate de uma banda puramente de rock progressivo, este disco não só é basicamente composto de progressivo como também é sencacional, os destaques:
Vou morar no ar - 1º música do disco é simples, porém muito gostosa de ouvir, boas notas do baixo e do piano.
Lar de Maravilhas - Talvez a melhor música do disco com um tema extremamente melódico, começa com uma seção de violão que termina por introduzir o tema principal que é de arrepiar na sequência entra o vocal muito bem colocado posteriormente é dado o devido espaço para a entrada da guitarra solo e a partir dai várias intercalações de vocal e instrumental e uma surpresa muito agradável depois da metade da música. Excepicional música!!!
Liberdade espacial - Basicamente é um Rock roll bem elaborado e bom de ouvir
Astralização - A introdução desta música é sencacional muito bom o trabalho do Hammond na saquencia entra o vocal não tão bem colocado mas não chega a estragar a música.
Cílindro Cósmico - Boa música a onde se prepondera o vocal e chega a grosso modo a lembrar a Raul Seixas mas o final é intrumental aí a guitarra toma conta
Vale Verde - Boa composição progressiva nos moldes do progressivo ingles em que a um destaque para os teclados! muito boa!
Faixas: 1. Vou Morar no Ar
2. Lar de Maravilhas
3. Liberdade Espacial
4. Astralização
5. Cilindro Cônico
6. Vale Verde
7. Raios de Lua
8. Epidemia de Rock
9. O Sol
Formação: Luiz Franco Thomaz - bateria José Aroldo - Violão, guitarra, e vocal Carlos Roberto Piazelli - Guitarra, guitarra 12 cordas, órgão, baixo, violão Carlos Geraldo - Baixo, vocal Mário Testami - Órgão Hammond, clavinet, moog, melotrom, pianode cauda, piano fender
Link da Esquina do Rock http://rapidshare.com/files/155763573/lardemaravilhas.rar
Eu tive uma infância boa pra chuchu. Acordava cedinho, ia pra natação, depois voltava pra casa, tomava banho, assistia Pokémon na Record e enquanto saboreava a comidinha da vovó, assistia Chaves no SBT. Demorei muito tempo para descobrir que aquele pivete que vivia num barril tinha a mesma idade da minha vovó e que boa parte daqueles personagens que moravam no meu coração já tinha batido as botas. Foi uma decepção só, mas ainda assim continuei fiel ao meu programinha "naquele mesmo horário, naquele mesmo canal".
Minha postagem de hoje traz um artigo essencial para os fãs de Chaves, o LP com as músicas do seriado da TV. Confesso que eu não possuí o LP na época, mas sabia (e até hoje sei) cantar todas as músicas de cor. Como bônus, uma faixa que inclui as diversas BGMs (instrumentais que tocavam durante os episódios naqueles momentos que precediam alguma confusão). Espero que todos gostem e, assim como eu, matem as saudades de uma época que não volta mais.
Disc 1 1.Clavicula Nox 2.Symphony No. 9 (Excerpt) (Dvorak) 3.Vedi! Le Fosche Notturne Spotigle (from "Il Trovatore") (Verdi) 4.Dies Irae (from "Reqiuem") (Mozart) 5.Symphony No. 3 (Excerpt) (Saint-Saens) 6.Notung! Notung! Niedliches Schwert! (from "The Ring") (Wagner) 7.Overture (Excerpt) (from "Rienzi") (Wagner) 8.Der Tag Ist Da, Pt. 2 (from "Rienzzi") (Wagner) 9.Herbei! Herbei!, Pt. 1 (from "Rienzi") (Wagner)
Disc 2 1.Blood Of Kingu 2.Sirius B 3.Lemuria 4.Eternal Return 5.Draconian Trilogy 6.Schwartsalbenheim 7.Via Nocturna 8.The Rise Of Sodom And Gomorrah 9.Grand Finale
CD Duplo em apenas 1 Link (Com 5 opções para Download)
Hoje decidi postar aqui no nosso querido boteco um som mais progressivo. Calma!, com uma história um pouco longa tudo irá fazer sentido. Se você está espantado de ver aqui o nome do musico popular Zé Ramalho e se perguntando “O que esse cara tem a ver com progressivo ?”, você já deveria saber que antes que Zé Ramalho lança-se seu disco de estréia, inclusive com participação especial do Ex-Yes Patrick Moraz em uma das faixas, ele foi um dos responsáveis por um dos registros fonográficos mais instigante e obscuro da musica brasileira, disco esse que se destacou dentre os grandes "classicos" do pscodelismo mundial , sendo muito elogiado na Europa e EUA, considerado uma verdadeira “jóia rara” da musica. Tudo isso, sem ter ate hoje um relançamento digno e a altura de sua importância. E pensar que o sol quente e a terra seca do nordeste daqueles tempos difíceis, foram capazes de gerar uma relíquia de valor inestimável para o mundo da musica. Em meio a explosão do rock progressivo na primeira metade dos anos 70, um jovem Zé Ramalho em inicio de carreira, já estava carregando alguma bagagem musical, pois chegou a transitar por bandas de rock com influencia da jovem guarda no final dos anos 60 e inicio dos 70 como guitarrista fazendo cover dos Beatles entre outras bandas, porem as coisas eram muito difíceis naquela antiga cidade de João Pessoa, para obter algum reconhecimento, ainda mais para um estudante de medicina que não largava do seu instrumento e sonhava em viver de musica. Com muita vontade de mudar, resolve desistir do curso e partir para onde o meio musical realmente acontecia no Brasil, o eixo Rio-São Paulo, porem ao chegar nas Metrópolis não conseguiu obter alguma oportunidade o que o fez voltar desiludido para Recife. Quase paralelo a isso, mas precisamente em Outubro de 72, um musico com conhecimento profundo em musica Árabe, chamado Lula Cortês e que tocava Citara Marroquina , conheceria numa Feira Experimental de Música de Nova Jerusalém, Lailson que tocava viola de 12 cordas no Trio Phetus (formado por Lailson, Zé da Flauta e Paulo Rafael, e terminou em 1973, sem deixar nada gravado), e que hoje em dia é um grande produtor gráfico, e ousaram gravar , de acordo com pesquisadores o primeiro disco independente do Brasil. O nome deste trabalho se chamava Satwa, nome em sânscrito que significa Harmonia, feito em janeiro de 1973 nos estúdios da Rozemblit, em apenas dois canais. O disco ainda tinha a participação de um iniciante guitarrista na época, Robertinho do Recife e seu som era basicamente pscodelia nordestina misturada com ritmos regionais e alguma coisa de tropicalismo. Hoje uma raridade e uma ousadia para a época ao lado de “Não fale com parede” do grupo carioca Modulo 1000. Ao que consta o som deste disco não era muito bom, mas tinha um conteúdo excelente, como se não baste-se, ainda foi proibido pela censura. Essa turma toda de musicos, incluindo os integrantes do grupo Tamarineira Village foi apelidado pela imprensa como a Turma do Beco do Barato, por causa do bar onde costumavam tocar, fazendo uma brincadeira baseado nos mineiros do Clube da Esquina. O que aconteceu é que em um desses encontros entre músicos, na época Zé Ramalho que tocava guitarra na banda de Alceu Valença, é apresentado a Lula Cortes, e após longas conversas sobre a profundidade da musica num sentido quase espiritual, logo notam que tinham uma identificação parecida, ao mesmo tempo em que Alceu apresentava Geraldo Azevedo músico em ascensão e já quase consolidado na musica regional, ambos Alceu Valença e Geraldo Azevedo, se lançaram na industria fonografica lançando um disco em dupla em 1972. Assim, eles se encontravam para tocar temas instrumentais com uma parafernália de instrumentos exóticos, e como as idéias pareciam mais interessantes a medida em que ia fluindo, resolveram gravar em um pequeno estúdio chamado Rozenblit do selo Mocambo e que ficava na beira do rio Capiberibe na Estrada dos Remédios, por sinal só havia ele e mais dois naquele tempo na cidade. O disco teve todo um cuidado para ser trabalhado, tanto em conceito interno como em estética externa já que o encarte era bem trabalhado em policromia “na época, uma ousadia”, e no final acabou mesmo sendo creditado a Zé Ramalho e Lula Cortes como autores do disco intitulado "Paêbirú", que na linguagem dos incas quer dizer "o caminho do sol". Há uma história não confirmada de que este disco só teve o nome dos dois, pois Alceu e Geraldo já tinha se lançado juntos e resolveram ser generosos com os companheiros optando por não colocar seus nomes na capa do disco. É até muito dificil de dizer qual a medida de contribuição de cada integrante, fora o fato de que não se sabe ao certo quais seria as outras pessoas que teriam participado do disco. Na época, devido a uma forte enchente, a maioria das cópias da prensagem do disco, se perderam em meio uma enxurrada em um dos depósito da gravadora e somente umas 300 cópias estiveram em bom estado para manter viva as gravações que hoje são peças raras e muito re-gravado por pesquisadores amante de musica que aguardam há muito pelo seu relançamento em CD. Esse episódio seria cômico se não fosse trágico. Por causa disso, somente, até hoje esses são os únicos originais de "Paêbirú", que ainda estão nas mãos de felizardos que só vedem se for por uma boa bagatela. Mais cult que isso impossivel. O álbum é conceitual em todos os sentidos, saiu como um LP duplo, e foi divido em quatro partes “cada lado do LP”, em analogia com os elementos mágicos: terra, ar, fogo e água. O disco é uma mistura impressionante Ravi Shankar, Pink Floyd num mesmo caldeirão com Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, alem de coisas que só existem nesse disco e que fica difícil buscar outras referencias, mas a única certeza é que não se trata de um álbum nada previsível. A temática do disco é sobre a lendas comentadas em Ingá do Bacamarte, na Paraíba que fala sobre desvendar os segredos de Sumé, um feiticeiro que teria descido das estrelas em longínquas eras para passar ensinamentos aos índios. Até pouco tempo se debatiam sobre essas lendas como as das inscrições rupestres encontradas nas grutas de lá e que seriam autoria de seres extra-terrenos. Historiadores dizem que foram os fenícios os responsáveis pelos desenhos. Talvez o maior idealizador do disco seja Lula Cortês que sempre foi um musico ligado a musica do oriente-médio, e que alem de trazer os mesmos músicos de seu projeto anterior para a gravação deste, foi o que melhor soube extrair dos outros a essência da mistura rítmica e fundir de uma maneira excepcional neste trabalho, obviamente somados aos talentosos músicos que dispunha. Depois ele partiu para uma carreira solo e gravou 4 discos, e acabou se dedicando mesmo as outras artes como a pintura. Pode-se dizer também que o disco mostra algo da riqueza pouco explorada pela musica ocidental, que é os ritmos nordestinos: Frevo, Maracatu, Baião, etc aliada a musica milenar do oriente médio. Alias, não é por menos que o baião e o frevo do nordeste tem forte influencia da musica árabe devido aos mercadores que apareceram e se fixaram naquela região, fazendo com que muitos músicos aprende-sem sem ter teoria alguma a escala musical que define muito esse espírito, como o Mixolidio 4# que é a muito usado por músicos consagrados como Heraldo do Monte, Hermeto Pascoal e Sivuca. O violão virtuoso que se ouve em todo o disco, é fruto de um duelo entre três grandes guitarristas brasileiros, já antes mesmo que aparece-se o grupo D'Àlma, que inspiraria Al Di Meola, Paco e MacLaughin, o "Trio virtuoso de Paêbirú" formado por Robertinho de Recife, Paulo Rafael e Ivinho davam o molho necessario para que a quimica funciona-se. Paulo Rafael e Ivinho tinham vindo, juntamente com o baterista deste disco, Israel Semente, de uma grande banda chamadaAve Sangria, que um ano antes escandalizou a midia com suas letras barradas pela censura, e deixaram apenas um disco gravado em 74, hoje em dia cultuados. Na verdade, o nome Ave Sangria foi um novo nome dado a banda Tamarineira Village que cansou de explicar o significado deste nome. Paulo Rafael se tornaria o fiel escudeiro de Alceu Valença até hoje, e Robertinho depois de gravar discos excelentes na linha "guita-hero", preferiu se tornar um produtor e Ivinho chegou a gravar um disco "ao vivo" no Festival de Montreaux. Ouvir o disco é se espantar a cada momento e se sentir hipnotizado pela seqüência poderosa de improvisos num clima que não se iguala a quase nenhum outro disco gravado antes. Um dos destaques é a faixa “Nas Paredes da Pedra Encantada”, chamado de progressivo no melhor estilos das batidas alagoanas e que chegou a ser regravada com outro arranjo com o nome de "Os Segredos de Sumé" no LP "Força Verde de Zé Ramalho. Porem, há outros momentos fantásticos com toda uma ousadia do sertão, com seus desfechos surpreendentes que merecem atenção a todo momento, pela gama de informação poderosa de improvisos ricos, num ritmo ora muito frenético mas também fascinante. Quando alguém se surpreender com o fato de que algum desses músicos que consolidaram suas carreiras na musica popular, baseado no formato padrão de canções letradas, é sempre bom frisar que há ali entre eles um prazer com o lado mais puro das canções que é o instrumental, como na musica instrumental gravada anos depois num disco de Zé Ramalho em parceria com Geraldo Azevedo, “Bicho de sete cabeças” , de ótimo bom gosto. "Paêbirú" mostra que nem só de repentes, baião e forró se vive o nordeste, mas também, de toda a pscodélia spacial proveniente dos céus.
1.Trilha de Sumé 2.Culto à Terra 3.Bailado das Muscarias 4.Harpa dos Ares 5.Não Existe Molhado Igual ao Pranto 6.O M M 7.Raga dos Raios 8.Nas Paredes da Pedra Encantada 9.Marácas de Fogo 10.Louvação a Iemanjá 11.Regato da Montanha 12.Beira Mar 13.Pedra Templo Animal
Logo nos primeiros dias do Boteco me surgiu a idéia de fazermos uma coletânea de músicas aleatórias, uma escolhida por cada colaborador do blog, o que logo foi aprovado pela maioria. A essa coletânea chamamos de ‘As Preferidas do Zaqueu’, uma homenagem ao nosso estimado garçom, o único que consegue manter a cabeça no lugar entre tantos bebuns e que nunca, jamais, esquece nossos pedidos. Então, sem mais delongas, aí vai o que espero ser o primeiro volume de uma longa série ‘Boteco dos Bloggers Apresenta’. Divirta-se sem moderação. Se for dirigir, não beba. Se for beber, chame a galera.
01 Kiss - ‘Detroit Rock City’ (Guzz Lightyear) 02 Velhas Virgens & Marcelo Nova -‘De Bar Em Bar Pela Noite’ (Herman) 03 Macaco Bong - 'Amendoim' (Ju) 04 Smashing Pumpkins - ‘Muzzle’ (Diego Progshine) 05 Radiohead - ‘Innocents Civilian’ (Marcello Maddy Lee) 06 Morphine - ‘Top Floor, Bottom Buzzer’ (Drachen) 07 Fuzzy Duck - ‘Mrs. Prout’ (Nino - Cordas, Bandas & Metais) 08 Patrulha Do Espaço - ‘Arrepiado’ (Renato Stay Rock) 09 Sá, Rodrix & Guarabyra - ‘Primeira Canção Da Estrada’ (Big Clash) 10 O Terço - ‘Antes Do Sol Chegar’ (Celso Loos) 11 Rush - ‘Tears’ (José Renato) 12 Sérgio Papagaio - ‘Quanto Mais Quente Melhor’ (Paulão) 13 The Hombres - ‘Let It All Hang Out’ (Cesar - Ser Da Noite) 14 The Boogie Knights - ‘Grease’ (Fireball) 15 Model 500 - ‘The Flow’ (Juan Atkins G-Funk Mix) (Lu Gasp) 16 Stone Sour - ‘Through Glass’ (Zakk) 17 Avenged Sevenfold - ‘A Little Piece Of Heaven’ (Edson D’Aquino)
In The Land Of Gray & Pink é o terceiro álbum do Caravan. Que neste álbum alem da sua formação original, Pye Hastings nas guitarras e vocais, David Sinclair no órgão Hammond, piano e Mellotron, Richard Sinclair no baixo, guitarra acústica e Richard Coughlan na bateria, contou com os músicos convidados Jimmy Hastings nas flautas e saxofone, Paul Beecham no trombone e David Grinstead no cânon, campainha e eólica.Se tiver de escolher um álbum para representar a essência da Cena Canterbury teria que olhar para In The Land Of Gray & Pink. David Sinclair está mais do que perfeito, seus solos de teclado dominam este álbum com elementos de progressivo, jazz e psicodélica. Destaque para o unico registro de Nine Feet Underground, uma suite de 22 minutos que inicialmente ocupava todo um lado do LP, uma verdadeira Obra-prima. Faixas: 1. Golf girl (5:05) 2. Winter wine (7:46) 3. Love to love you (and tonight pigs will fly) (3:06) 4. In the land of grey and pink (4:51) 5. Nine feet underground: (22:40) - Nigel blows a tune - Love's a friend - Make it 76 - Dance of the seven paper hankies - Hold grandad by the nose - Honest I did! - Disassociation - 100% proof
Ouvindo esse album a mais ou menos umas duas semanas, me lembrei do boteco e que seria um otima posta-lo aqui, pra relembrar aos que conhecem essa obra, e apresentar a aqueles que ainda não tiveram o prazer de se deparar com ela, pois bem, chegando de rodeios vamos o que interessa. A história de Hermeto é um caso a parte na história da musica. O albino desde cedo, devido a um problema de visão desenvolveu um gosto incomum por sons, qualquer som que aparecesse era musica para seus ouvidos, e aos poucos mostrava uma facilidade incomum de aprender a tocar diversos instrumentos que ele mesmo inventava como flautas rudimentares e sanfonas. Com 14 anos se apresentava em rádios de Recife, aos 20 foi contratado por uma radio onde comandava uma orquestra e acompanhava calouros. Lá conheceu outro mestre albino, Sivuca onde formaram um trio. A partir de 58, Hermeto passaria por experiências musicais muito variadas, quando se muda para o Rio de Janeiro, onde acompanharia outros músicos, e ganhava dinheiro tocando piano numa boate, apenas com temas impostos pela casa, e nos intervalos ainda tinha fôlego para tocar flauta e aprender outros instrumentos. Depois de varias dificuldades financeiras, resolveu sair da boate e em 62, formaria o projeto de jazz-bossa chamado Conjunto Som Quatro “inclusive com disco lançado”, depois Trio Sambrasa, com Airto Moreira, virtuoso baterista. E em 66 entraria para o revolucionário Quarteto Novo, ao lado de Heraldo do Montes, Airto Moreira e Theo de Barros que acompanhavam inicialmente o cantor Geraldo Vandré, e que acabou gravando um disco hoje considerado clássico absoluto, por ter desbravado e fasendo uma fusão misturando-a sofisticadas harmonias de jazz com ritmos brasileiros nordestino, lançando apenas um disco em 67. Enfim, rolaram muitas pedras no caminho de Hermeto até então, mas sua fome musical parecia não ter fim. Em 69, ao lado de músicos como o guitarrista Lanny Gordin e Alemão “Olmir Stocker”, grava outro excelente trabalho só que mais Jazzistico, essa era a superbanda Brasilian Octopus. Inclusive, foi nessa época que Hermeto aprendeu a ler partitura. Nessa época Airto e sua esposa, a cantora Flora Purim estavam tocando no circuito américano de Jazz. Airto estava tocando com diversos artistas como Cannonball Adderley, Lee Morgan, Paul Desmond e Joe Zawinul. Este ultimo sugeriu seu nome para Miles Davis para as seções de gravação do divisor das águas, “Bitches Brew” em 70. E assim, Airto convence Hermeto a se lançar no mercado americano, já que no Brasil Hermeto vinha sofrendo com os baixos números de pessoas na platéia e a critica nacional chamava sua musica de 'Hermetica' fazendo um trocadilho com o fato de que ela era muito complexa, o que deixou Hermeto magoado. Nos finalmente nos EUA, Hermeto conhece o mestre do jazz Miles Davis que se surpreende com o material apresentado por Hermeto e resolve gravar duas canções suas, que não foram creditadas a ele, fato este que não deixou nenhuma magoa em Hermeto. Miles chamava Hermeto a todo momento de 'Crazy', no melhor sentido da palavra. Nos EUA, Hermeto se sentiu triste por não estar em sua terra natal, mas em compensação sua carreira estava caminhando para um reconhecimento e respeito que até então, depois de tantos anos não tinha conseguido. Diversas apresentações, e um disco lançado “Hermeto” em 72, mostrava que só havia espaço para ser conquistado. Somente em 77, com o clássico, Slaves Mass “Missa dos Escravos”, Hermeto ganharia uma projeção poderosa nos EUA e Europa. Com uma capa maravilhosa do fotógrafo Tom Copi. Este disco hoje é um marco da musica instrumental, e é peça obrigatória para quem quer entrar dentro do universo da musica de Hermeto. Hermeto quis que o publico americano soube-se o significado dos titulos das suas musicas que ele costuma chamar de “musica livre”. Foi nessa época que ele ganhou o titulo de “Bruxo”, devido sua busca por sons nada convencionais e experimentos malucos que usava, como por um porco no palco e usa-lo como membro da banda, quebrar um piano inteiro apenas para tirar sons percussivos, entre outras curiosas bizarrices geniais. Porem, o maior forte de Hermeto, sempre foi os improvisos, e em “Slave Mass” ele dá uma aula como poucos, tanto em experimentações como em criatividade, coisa que sómente genios como ele seria capaz de fazer. Aqui os longos temas possui elementos fusion como em "Mixing Pot," onde Hermeto realmente improvisa junto com Alphonso Johnson. Na faixa titulo "Missa Dos Escravos", sem improvisos, mas com referencias indianas brasileiras é uma faixa com estilo peculiar de Hermeto. O Atonalismo dominante esta presente em "Escuta Meu Piano," com a a presença de diferentes estilos como baião e elementos usados nas musicas ao melhor estilo Egberto Gismont. "Geléia de Cereja," é outro samba improvisado. Outro destaque é Little Cry for Him (Chorinho Pra Ele), hoje um clássico do choro moderno feito em homenagem a seu irmão, com acordes descendo em quartas, trazendo uma maravilhosa linha melódica. Nessa não há grandes improvisos, por se tratar de um choro, porem é fantástico a velocidade com que a musica é tocada na segunda parte com arpejos muitos bem idealizados incluindo novas proposta para um genero tradicional. É umas das mais conhecidas dentro do seu repertorio. Cannon, é dedicado ao grande saxofonista Cannonball Adderley, que havia morrido dois anos antes e que chegou a integrar uma das melhores bandas de Miles Davis. Há uma melodia livre misturadas a conversas, efeitos como choro de criança, e fitas aceleradas em estúdio. Uma faixa experimental com a assinatura do mestre da musica, em todos os aspectos. Cannon deve ter ficado feliz la em cima ! Com essa homenahem em forma de musica incidental. Outra pérola é sem duvida, That Waltz (Aquela Valsa), uma valsa sofisticadíssima em 6/8, com elementos do samba de gafieira, trombone improvisando com varios acordes que aos poucos se torna em um excelente deleite com solos de Raul De Souza. Ótima faixa como tudo criado por um dos maiores genios da musica conteporanea. Album indispensável.
1.Mixing Pot (Tacho) - 9:18 2.Slaves Mass (Missa Dos Escravos) - 4:19 3.Little Cry for Him (Chorinho Pra Ele) - 2:11 4.Cannon (Dedicated to Cannonball Adderley) - 5:22 5.Just Listen (Escuta Meu Piano) - 7:08 6.That Waltz (Aquela Valsa) - 2:46 7.Cherry Jam (Geleia de Cereja) - 11:43
Banda brasileira, espero que cause a mesma impressão em vocês que causou em mim, pois se assim for tenho certeza que vocês ganharam o dia!Tentei escrever algo sobre a banda, mas nada ficou melhor que a descrição do Diego do MUSEO ROSENBACH: Me surpreendi com o som dos caras; não se enganem pelo ano de lançamento, a música de 'Semente' soa extremamente setentista, nos apresentando um Space Rock com grandes influências sinfônicas. Os teclados, sinfônicos e espaciais, são de grande importância ao álbum, e muito bem tocados. Em seguida vem a guitarra que, na maior parte, é 'limpa', mas em algumas ocasiões é totalmente distorcida e poderosa. Temos também flauta, muito bem tocada por Sérgio Benchimol. Mas não paramos por aí, ainda há um espaço para sax. Os vocais de Márcia Kosinski são muito bons, assim como os de Mario Carvalho. Mesmo assim, é o instrumental que surpreende, criativo e original (reparem nos sons 'de fundo' do disco, são bem interessantes). Harmonia não falta aqui!Se tratando de Brasil, o melhor (sim, o melhor) álbum que ouvi recentemente por essas terras. Extremamente recomendado!Clique AQUI para ler uma entrevista muito interessante com Sérgio Benchimol, onde ele fala sobre o álbum.
Este Blog é uma iniciativa conjunta dos blogs parceiros com o intuito de compartilhar nossos gostos musicais extremos, que estejam fora do universo de nossos blogs. Todos ouvimos outras coisas e aqui você terá discos de todos os estilos, além do Rock And Roll que é o que move nossas vidas. Se você deseja ser um autor desse blog deixe um comentário com seu e-mail. Até o momento os blogs participantes são:
Este é o cardápio do Boteco dos Bloggers, preparado por nosso 'chef' Severino Silva, também conhecido com 'Cospe Grosso':
Sanduiches: Pão com Êpa ..... 5,00 Pão no Prego (pão com peixe) ..... 5,00 Pão com Mortandela ..... 7,00 Pão com Ovo ..... 7,00 Pão com Manteiga ..... 1,00 Pão com Margarina ..... 0,80 Pão sem Manteiga ..... 0,60 Pão sem Margarina ..... 0,50 Pão com Pernil ..... 8,00 X-tudo ..... 10,00 Big MacBob ..... 10,00 X-Miséria (Pão com Marionese) ..... 0,45 Cat Chupi ..... 0,20 Mostarda ..... 0,20 Marionese ..... 0,20
Petiscos: Coxinhas de Camarão (6 unidades) ..... 8,00 Pastel de Vento (meia dúzia) ..... 8,00 Moelinha de Suzana Viera (aquela galinha) ..... 8,00 Mandioca Frita ..... 8,00 Lenguissa (porção) ..... 8,00 Torresmim ..... 9,00 Ovo Colorido (unidade) ...... 1,50 Cibola em Conserva (porção) ..... 8,00 Tremoços (porção) ..... 2,00 Escondidinho ..... 10,00 (se achar) Bolinho de Batatalhau (1/2 dúzia) ..... 10,00 Empada de Jacaré (unidade) ..... 3,00 Pastel de Filé de Borboleta (unidade) ..... 4,00 As Putas das Batatinhas ..... 7,00
Refeições: Salada de Clorofila (folhas verdes) ..... 7,00 Sopa do Cavalo Cansado ..... 8,00 Sopa de Galinha Caipira ..... 8,00 Sonho de Noiva (arroz, linguiça e dois ovos) ..... 12,00 Boi Ralado con Disco Voador (carne moida com ovo) ..... 12,00 Macarrão com Salxixa ..... 10,00 Bate-entope ..... 10,00 Não Empurra que é Pior ..... 10,00 Frango ao Molho Pardo (a la Big Clash) ..... 15,00 Rabada (+ Sonrisal) ..... 15,00 Péla Égua (Canjiquinha + suã suina + 'a gripe') ..... 15,00